Imigração e triagem médica para tuberculose
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- Categoria: Doenças transmissíveis
- Publication Date: 2023
Populações vulneráveis, como imigrantes e refugiados, apresentam maior risco de tuberculose doença, especialmente nos primeiros anos após a chegada ao país de acolhimento. A presença de imigrantes e refugiados no Brasil cresceu exponencialmente no período entre 2011 e 2020, sendo estimado que aproximadamente 1,3 milhão de imigrantes do Sul Global residiam no Brasil, a maioria proveniente da Venezuela e do Haiti. Os programas de controle da tuberculose para imigrantes podem ser divididos em estratégias de triagem pré- e pós-migração. A triagem pré-migração visa identificar casos de tuberculose infecção (TBI) e pode ser realizada no país de origem (pré-entrada) ou no país de destino (no momento da entrada). A triagem pré-migração também pode detectar imigrantes com maior risco de desenvolver tuberculose no futuro. Os imigrantes de alto risco são então acompanhados na triagem pós-migração. No Brasil, os imigrantes são considerados um grupo prioritário para a busca ativa de casos de tuberculose. No entanto, não há recomendação ou plano sobre triagem para TBI em imigrantes e refugiados. Garantir a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da TBI e da tuberculose doença em populações imigrantes é um aspecto importante do controle e eliminação da tuberculose. Neste artigo de revisão, abordamos aspectos epidemiológicos e acesso à saúde para imigrantes no Brasil. Além disso, revisou-se a triagem médica de imigrantes para tuberculose.
Surto de varicela entre imigrantes venezuelanos alojados em abrigos e ocupações no estado de Roraima, 2019: um estudo descritivo
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- Categoria: Doenças transmissíveis
- Publication Date: 2019
Para descrever o surto de varicela entre os imigrantes venezuelanos em abrigos e ocupações nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, Roraima, Brasil, e as medidas de controlo implementadas. Métodos: Um estudo descritivo "série de casos", realizado a partir de casos", conduzido entre 21 de Novembro e 13 de Dezembro de 2019, com base em dados secundários da investigação de surtos disponibilizados pela Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunização. Na análise descritiva, utilizámos medidas simples e de frequência relativa e medidas de tendência central e de dispersão. Resultados: Dos 9.591 imigrantes, foram detectados 38 casos activos e 1.459 susceptíveis à varicela. Dos casos activos, 23 eram do sexo feminino e o grupo etário mais afectado era o das crianças com menos de 9 anos de idade (17 casos). Conclusão: Foram identificados indivíduos com tendência para a varicela sob investigação; foram tomadas acções de imunização que controlaram a transmissão, evitando casos graves, mortes e sobrecarga da rede de saúde local.